Outro dia eu estava lendo uma entrevista com um bilionário americano.
Okay, para ser sincera, eu estava praticando minha expertise em FBI, saindo de um site para outro, tentando descobrir quem era a tal da esposa do Brooklyn Beckham hahah sejamos honestas que um gato desses chama a nossa atenção constantemente, e eu fiquei curiosa para saber um pouco mais sobre a mulher que roubou o seu coração.
Foi aí que descobri que ela, na verdade, é uma atriz, filha de um bilionário americano. Enquanto lia o perfil dela e da sua família na internet, me deparei com uma frase dita pelo seu pai, em algum momento da carreira dele:
`eu não acredito que eu seja bem sucedido só porque fiz muito dinheiro na minha vida.´
Nesse momento, meu lado ´dona carochinha´ se calou; e eu fiquei refletindo na frase dita por esse senhor de 75 anos de idade.
´eu não acho que eu seja bem sucedido só porque fiz muito dinheiro na minha vida´
´eu não acho que eu seja bem sucedido só porque fiz muito dinheiro na minha vida´
E será que isso é verdade? Ou seria pura inocência dele?
A reflexão que eu tive foi que ele estava certo. Por que consideramos ´bem sucedidos na vida´ apenas as pessoas que conseguem sucesso financeiro? E o restante da população que alcança seus próprios objetivos, que nem sempre estão relacionados com o poder monetário adquirido enquanto construímos nossa carreira?
Não me entenda mal. Dinheiro é muito importante. Eu amo dinheiro, e quero sim ser bem sucedida na minha vida financeira também.
Mas acho que medir o sucesso da vida de uma pessoa baseada apenas no fato de que, sim, ela conquistou vários dígitos na sua conta bancária, é uma maneira muito pobre de ver a vida.
Vamos lá… quando você era criança, qual era o seu maior sonho? O meu era poder viajar para o máximo de lugares possível. Sempre fui muito interessada em conhecer de perto como outras pessoas vivem em diferentes culturas, passear por cidades históricas, e ver todas as maravilhas criadas na Terra com meus próprios olhos. Esse era, e ainda é o meu sonho. Desenvolvo minha vida em volta de como continuar nutrindo esse meu lado viajante, sempre com a cabeça distraída pensando para onde eu gostaria de comprar as próximas passagens.
E você, o que você sonhava em ser/fazer antes de ter se tornado adulto?
Pergunto isso porque, quando somos muito novos, o dinheiro não é o tema principal da nossa imaginação. Nossos pais, geralmente, são os responsáveis pelas finanças dentro de casa, e não entendemos o valor do dinheiro até chegarmos na adolescência - pelo menos.
E essa falta de percepção nos ajuda a ter uma ideia diferente de vida, e do que queremos para nós mesmos.
Será que uma vida bem vivida é somente aquela que consegue comprar coisas materiais?
Eu tenho uma amiga que admiro muito. Ela é brasileira, mas já viveu em vários países, e fez faculdade nos Estados Unidos. Ela teve mil oportunidades na vida para seguir um caminho mais ́"seguro", investir em uma carreira internacional, e conseguir o tal do sucesso (financeiro). Mas, hoje em dia, ela está vivendo a melhor vida que eu poderia imaginar: morando em uma van, junto da cachorrinha dela, enquanto viaja pelo litoral brasileiro. Uma vida simples, uma rotina fora do comum, sem travas, sem regras, sem rédeas. Quando ela posta algumas fotos da sua jornada, eu sempre fico apaixonada. Admiro muito a coragem dela de sair do padrão, de não seguir o caminho óbvio, e por permitir que a vida a leve a lugares tão únicos.
Acho que todo mundo poderia aprender um pouco com essa minha amiga, Manu. Ela é espírito livre, feliz, aberta, conectada. Ela sabe que não tem controle sobre o seu destino, e se permite viver o dia de hoje, no presente, no agora. A Manu é poesia, apesar de não ser poeta… ela me inspira a ver a vida de uma forma mais leve e a acreditar que a gente pode mergulhar de forma mais profunda nas nossas experiências.
Então, será que o pai da Nicola Peltz Beckham é realmente assim tão bem sucedido?
A gente está apenas vendo o que o capitalismo considera como sucesso - e ótimo para ele por ter conseguido crescer tanto em uma das áreas de sua vida, mas isso não é a figura completa.
Temos tantas seções na nossa vida, na nossa personalidade, nas nossas relações, que precisamos vencer todos os dias. Talvez eu não tenha conseguido o sucesso financeiro dele, mas sei que consegui alcançar muitos dos sonhos da Ingrid de 6 anos de idade. Será, então, que posso me considerar uma guerreira vitoriosa?
Minha reflexão para esse final de semana é para que possamos parar, por um momento. Refletir no que realmente é valioso para nós como indivíduos.
Quais sonhos, desejos e talentos você tem, e que você gostaria de se dedicar mais?
Eu gostaria de ter mais tempo para pintar. E para passar mais tempo com as pessoas que eu amo, e que por agora, moram tão longe de mim.
Eu também gostaria de continuar no caminho que estou trilhando, porque depois de tantos anos de terapia, estou aos poucos compreendendo o que eu realmente gostaria de fazer - e não o que eu acho que seria legal fazer, porque de alguma forma me deixei ser influenciada pelas outras pessoas.
Pensando muito nisso que li enquanto estava na minha missão Sherlock Holmes, indo do perfil da Nicola, no Instagram, até à diferentes sites no Google para encontrar informações completas de quem era, de onde veio, e como chegou aonde chegou a esposa do meu querido Brooklyn Beckham, eu percebi que eu já tenho muitas coisas (não materiais e materiais) que um dia eu sonhei para mim.
Tenho a prosperidade fornecida por Deus, vivo com o amor da minha vida, e tenho o privilégio de ter uma gatinha que me faz querer apertar ela de tanta fofura.
Tem dias que saio do trabalho esgotada, cansada, só no pó. Pego o trem, viajo por uma hora, saio da estação e… meu esposo já está lá, me esperando, sentado dentro do nosso primeiro carro, que compramos juntos. Teve um dia que ele até veio com a Aurora me buscar, porque sabia que eu tinha tido um dia puxado na empresa.
Nenhum dinheiro do mundo compraria a satisfação, a leveza, o amor que eu senti (e sinto todos os dias) ao sair do trem e ver o carro parado me esperando. Será que isso já não é sucesso o suficiente?
Tenho 28 anos e já pude viajar para vários lugares que eu queria MUITO, e tudo com o resultado do meu próprio trabalho.
Isso faz a gente se sentir bem, né?
Sou feliz na maior parte do tempo, mas também estou aprendendo a aceitar que a gente não vai ser feliz toda hora, e que tem dias que as coisas apenas parecem não fluir. E tá tudo bem, sabe? Porque o importante (é verdade esse bilhete) é NÃO DESISTIR nunca.
Será que você seria feliz se fosse tão bem sucedida quanto o pai da Nicola?
Respire fundo, e deixe o ar sair dos seus pulmões. Reflita… o que te faz feliz ~ realmente ~ precisa de tantos zeros na sua conta bancária?
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Espero que esse texto te ajude a focar nas coisas que são realmente importantes ma vida. Não estou menosprezando o sucesso financeiro, até porque ninguém consegue viver em paz afogado em dívidas...
Mas tire um tempo para você se reconectar com a sua criança interior, que tinha uma visão de vida muito mais criativa e leve. Tente se lembrar do que realmente nutre a sua alma, do realmente é o seu propósito de vida. Você sente que está no caminho certo? <3